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Qual foi a sua melhor viagem?

Qual foi a sua melhor viagem?  

Shirley Teixeira 


Certo dia, entre a cozinha e a sala da casa, nos seus nove anos, meu filho me fez a seguinte pergunta: “mãe, qual foi a melhor viagem que você já fez?”. Olhei para ele e, com uma sensação de autocontemplação, respondi: “para dentro de mim...”. Minha filha, que estava na sala, levantou a cabeça e me olhou, enquanto, por alguns instantes, com a sensação de que o tempo parou, nos olhamos reflexivos. Minha filha, que compreendeu bem o que aquela resposta significava, sorriu. Já o pequeno, diante da inesperada resposta, retrucou: “ah, mãe! Você sabe do que estou falando. É de uma viagem de verdade. “Embora não fosse a explicação que ele desejou ouvir, insisti em dizer que era verdade. Acrescentei, dizendo que eu havia aprendido que quando escolhemos algo, também excluímos. Dizer que uma viagem foi melhor do que a outra excluiria diversas experiências significativas com quem quer que tivesse participado dela comigo. A experiência da viagem que fizemos para um parque aquático sem a irmã e o pai seria excluída caso eu dissesse que ter ido ao Paraná para contemplar as Cataratas do Iguaçu com o pai deles tivesse sido a melhor delas... Ele não só entendeu, como sentiu, lá dentro de si, onde lindas viagens acontecem, o que aquela resposta representou para nós três naquele espaço da casa onde moramos, em um dia qualquer de quarentena, privados do contato com as relações que a escola proporciona.
A partir da pergunta de uma criança, do meu filho, pude reviver o que significava o que eu disse a ele. Foi uma conversa consistente, madura, breve, sem teorias elaboradas (pelo menos no plano físico). Falamos sobre experienciar de verdade, sem eleger o que é melhor ou pior; lembramos que vivemos de experiências. E cada uma delas deixa em nós uma marca; talvez, o despertar do que precisamos para evoluirmos no amor...
Voltando na minha melhor viagem, a resposta que dei ao meu filho faz cada vez mais sentido na medida que avançamos com os estudos do sistema Didática da Cura, conduzidos e idealizados pela querida Luciane dos Santos.
Muito se fala sobre se conhecer. E por muito tempo, busquei me conhecer de forma equivocada, pois o caminho que fazia era o de enfrentamento, de briga constante com meus pensamentos e minhas emoções, como se estivesse numa batalha. Aliás, “batalha” é um bom tema para ser refletido com Luciane.  Com a respiração do salto*, não sem treino, encontramos um caminho seguro para o autoconhecimento. No nosso Templo Interior, na nossa Caverna, encontramos com nós mesmos, com as cores que damos à nossa existência, com a Luz, com a Inteligência, com tudo que esquecemos que existe.

*Técnica ensinada por Luciane para ativar a pineal e se conectar com a força interior.

Shirley Teixeira - @shirleyktm
Membro do Instituto Supernova, que desenvolve formação de professores a partir das ferramentas da Didática da Cura.

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